quinta-feira, 26 de novembro de 2009
A HUMANA EM MIM...
A humana em mim
Conheci há muito séculos um vampiro tradicional. Sabe aquele vampiro que traz a sede no olhar? Aquele que olha em seus olhos e sustenta o olhar até você não sentir mais o seu corpo, até suas pernas tornarem-se fracas e parecer que o mundo está girando?
Sim, assim era este vampiro. Se ele carregava em seu interior esta força arrasadora, a aparência não era diferente, era melhor!
Jovem, sedutor, sagaz, a anatomia esculpida com detalhes tentadoramente desenhados...Iluminando-lhe a face havia um par de jades, olhos felinos e famintos, desejando ver através da mente de quem ousasse encará-lo por mais que segundos. Um verde paralisante, um ar de superioridade sem querer ser superior, naturalmente forte e dominante.
Voraz! Assim era este ser.
Incontrolável, assim me parecia sua sede.
Uma vampira racional, dura, fria....alguns dos adjetivos que já me atribuiram..rsrsrsrs Mas, gosto de pensar em mim como precavida e astuta, afinal, não fui criada ontem... E foi isso que fiz ao conhecer tamanha força da natureza. Resguardei, protegi, afastei-me.
Ele era o desconhecido e isso representava: perigo.
A força que emanava dele me assustou. Firme, direto, impenetrável, obstinado e por que não dizer, indestrutível.
Alguém que só é visto a cada milênio de criações, um ser único, solitário em sua essência.
A vampira forte e destemida que havia em mim, temeu.
Temeu ainda mais quando este ser único se aproximou dela. Ele inicialmente usava máscaras e evitava tirar o seu elmo e mostrar sua face.
Apenas os olhos jade apareciam sob a armadura do vampiro guerreiro e já causavam distúrbios desconhecidos em meu corpo.
Um dia, enquanto chovia muito, e só nós estávamos na floresta, ele olhou fixamente para mim, como a examinar mais uma de suas presas.
Senti meu corpo gelar. Como podia ser? Eu estava com medo?
Sim. Eu estava e não adiantaria negar a mim mesma.
Medo.
A humana em mim, o que sobrou do meu coração ainda pulsante, mostrou-me que, diante daquele vampiro belo e assustadoramente sedutor, eu não passava de uma humana, por mais que a vida já estivesse extinta em mim!
Não havia mais razão, dureza, frieza!
Meu dom, minha força, minha razão, nada restaria se eu me permitisse. Eu não devia ceder ao chamado que vinha do verde-mar profundo dos olhos felinos me encarando. Ele queria me tragar, me beber inteira.
Ele seria como um furação se eu permitisse que ele me envolvesse. Não restaria mais nada no lugar! Só caos, desordem, meu centro seria abalado como em um terremoto.
Quando ele percebeu minha hesitação diante do olhar que parecia despir-me completamente ao simples movimento ondulado das suas pupilas imensas, ele sorriu.
Um sorriso sarcástico e maldoso, porém...delicioso!
Ali estava a fonte! A fonte de tudo! Do meu medo, da atração, do desejo.
Ele retirou a armadura que cobria seu tórax, seu peito liso e forte reluziu ao toque e escorrer da água fria da chuva. (Pensei que as gotas evaporariam!).
Em uma visão que parecia em câmera lenta... ele arrancou o elmo dourado e o jogou na grama, deixando seu rosto livre, intenso.
Ele sabia do poder daquela revelação, afinal, quem não desejaria um deus grego?
Ele sacudiu o cabelo longo e claro em um movimento frenético, rápido, lançando seu suor misturado à chuva em meu rosto inteiro...meus lábios sentiram o sabor!
Ele era...lindo! Incontestavalmente o vampiro mais belo que meus olhos já avistaram por estas planícies surreais!
Ao invés de correr e me lançar sobre o peito dele, derrubando-o sobre a grama até que nossos corpos afundassem num só abraço sobre a cama verde, recuei e abaixei o olhar.
Era a humana em mim outra vez.
Ela vinha me lembrar que ele era: DEMAIS. Demais para mim, demais para que eu o tivesse só para mim, demais para que eu o conservasse ao meu lado! Seria apenas um momento efêmero, nada mais.
Vampiros como ele apenas querem sugar, saciar, deliciar-se ao bel prazer da imortalidade...
Diante da guerra em mim, a humana venceu a vampira! Tão impossível como a Lua encontrar o Sol, a humana que morou em meu coração venceu. Ela me aprisionou nos meus receios, inseguranças...Ela me fez fugir e correr.
Correr para bem longe da tentação! Corra! Você é apenas mais uma.
Se eu ficasse ali, mais um segundo, estaria presa a ele para sempre.
E ele nunca seria só meu, não. Ele era mais, único, cobiçado..filho de um Rei. Ele poderia ter tudo, o mundo. Por que se contentaria comigo?
Eu não queria sofrer ao vê-lo saciar seu desejo e partir.
A humana que viveu em mim e que acostumou-se a pensar, a controlar, a defender-se para não ser magoada, venceu afinal.
Corri para bem longe, deixando-o com um olhar de descrença e interrogação...eternamente.
Sempre nos encontrávamos em nossas terras, mas nunca falamos sobre aquela tarde chuvosa onde ele revelou-se.
Catalizei toda a paixão do primeiro encontro em uma força maior que tudo: amor.
Não um amor imortal, tradicional, convencional e surreal!
Um amor leve, amplo e irrestrito. Libertador.
Assim, vendo-o e tendo-o livre, admirando-o na belaza da sua natureza selvagem e instintiva, eu sabia, em meu coração gelado e racional da vampira que voltou a reinar em mim, que ele sempre seria meu, pois teríamos sempre a imensidão da nossa imaginação...
E, quem sabe um dia, a humana em mim volte a comandar, e ao invés de exigir "fuja!", ela peça: "entregue-se!".
San Venture
terça-feira, 24 de novembro de 2009
CREPÚSCULO (NEW MOON)
Uma coisa não posso deixar de dizer, concordo em parte com alguns fãs que definiram o filme como um "vídeo clip sem roteito", sobre NM, faltou paixão sim! Isso é fato.
Apesar de eu ter gostado mais do que pensei deste filme (já que NM não é meu livro preferido), até mesmo passei a ver o Jacob Black com melhores olhos (e como! rsrsr), Mas não nego que o titio Cris W. (o diretor) pecou na questão de não aprofundar o drama da perda e ainda mais a cena onde Edward e a Bella se reencontram em Volterra, foi simplesmente, básica (digo o momento mesmo deles se abraçando, faltou desespero, urgência ali!).
Só depois ele valorizou a cena dos Volturi (claro, era previsível, ele é daqueles que valoriza a ação na cena e deixa o romance em segundo plano...
A trilha sonora como eu havia dito antes, deixou a desejar e MUITO! Não sei nem que músicas tocaram a cada enquadramento, era tudo plano de fundo, sem marcar a cena, sem emoção, só mesmo a música deprimente que acompanhou o passar dos meses da Bella em seu quarto cumpriu seu papel, deprimiu... Outubro, novembro, dezembro...
Obviamente tivemos pontos fortes. Como os efeitos, a atuação bem mais madura dos atores, principalmente do Robert Pattison que deu um show com suas expressões sofridas e de culpa.
Não sei se concordam, mas, é o que achei, apesar de ter adorado o filme, não nego que faltou realmente PAIXÃO!
bjuxx!
San
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Robert Pattinson - novas fotos na VF (23.11.2009)
A Vanity Fair publicou novas fotos e uma declaração para lá de estranha do nosso amado Robert Pattinson. Segundo a imprensa ele teria ficado com ciúmes do físico de Taylor Lautner, que ganhou 14 Kg de massa muscular para atuar em "Lua Nova".
"Foi muito chato quando vi a transformação de Taylor. Na verdade eu o vi e pensei: 'Jesus, vou ser demitido'", disse o ator, segundo o "The Sun".
De acordo com a publicação, a estreia do filmem, na última sexta-feira (20), rendeu US$ 43 milhões nos EUA - o melhor desempenho de um filme no primeiro dia de exibição em todos os tempos!".
Será que ele teria dito isso?
Robert já demonstrou ser um jovem ator talentoso e discreto, além de lindo e tem uma ótima relação com os colegas de elenco.
Pelo visto, depois dos boatos e fofocas sobre o namoro dele com a Kristen, agora a mídia pretende provocar uma pequena competição entre os dois jovens talentos da saga Crepúsculo.
Um golpe de markenting ou fatos reais?
Em minha opinião, a saga e os atores sempre estarão acima destas notas maldosas da imprensa. Estas notas só causam expeculação e mal-estar. Crepúsculo não precisa deste tipo de publicidade, já é um sucesso sem precedentes!
beijos
San Venture
O ENCANTADOR DE INDOMÁVEIS
Em um dia estranho, mais estranho do que qualquer dia sobre a terra mágica de Angle, surgiu um poderoso mago, um ser só antes imaginado nas lendas...
Nosso mundo era um lugar mágico, habitado por seres mitológicos e com diversos poderes. Neste mundo eu era uma simples bruxa.
Chamava-me Milah e era filha de um casal de bruxos poderosos, mas não herdei grande domínio sobre a magia, poucos eram os feitiços que conseguia executar.
Quando me tornei uma jovem bruxa descobri meu verdadeiro poder: controlar os outros seres e seus dons. Logo fui descoberta pelos Antigos Anciãos, bruxos poderosos e sombrios que controlavam nossa terra, observavam tudo e todos e impediam que a magia fosse utilizada em benefício próprio, assim como impediam que nós saíssemos da nossa dimensão sobrenatural em direção ao mundo onde a magia não passava de ficção e estórias contadas às crianças antes de dormir.
Nós bruxos vivíamos exilados em outra dimensão, em uma ilha chamada Ilha Suspensa. Nela existiam diversos seres mágicos, cada um em sua própria terra, sem contato entre os mundos. A nossa terra chamava-se Angle.
A função de uma guardiã era ajudar aos demais, mostrar as regras e tentar assegurar a harmonia entre os mundos e seres, impedindo que os poderes fossem usados de maneira perigosa.
Uma guardiã deveria ser forte, racional, fria e sempre imparcial, neutra. Devia observar, controlar, ouvir. E, se fosse o caso, julgar e punir os mal feitores ao comando dos Antigos.
Um bruxo não podia treinar para ser um guardião, ele era escolhido e deveria aceitar a uma grande honra. E assim fui escolhida e me tornei uma guardiã, sem imaginar o que isso representaria ao longo do tempo...
Era nosso dever manter o equilíbrio do nosso mundo, fazer justiça. Infelizmente, só podia existir um guardião a cada ciclo de 100 anos. Agora era a minha vez. Cabia a mim esta missão e não poderia dividi-la com ninguém mais. Era um fardo muito pesado...Uma guardiã devia ser justa e atenciosa, porém fria e solitária. Para poder ser racional e imparcial, devia seguir sempre sozinha, sem envolvimentos sentimentais que pudessem atravessar suas decisões.
Eu desempenhei minha função com destreza e eficiência até o dia em que algo novo surgiu.
Em um dia estranho, o céu tornou-se negro em pleno dia... um eclipse surgiu em nosso céu, escurecendo tudo...e uma estrela cadente caiu sobre nós!
Eu estava no campo e a vi caindo lentamente, uma estrela absoluta, plena em brilho e mistério. Eu não sabia, naquele dia, que a estrela guardava em seu centro o coração daquele mago misterioso...
Ao cair no horizonte a estrela se partiu em muitos fragmentos de rocha espacial e, naquele momento, nasceu na terra de Angle um ser diferente de tudo!
No local onde a estrela caiu, fez-se uma imensa cratera. Todos os bruxos que avistaram a estrela caindo seguiram para o local. Eu, como guardiã, tinha de observar mais de perto o fenômeno nunca visto e determinar se havia perigo.
Chegamos e olhamos no interior do imenso buraco e lá estava ELE!
Ele não nasceu como todos nascem, pequenino e frágil...Ele nasceu da terra, brotou do solo como uma flor rara e bruta! Ele não estava usando roupas, seu corpo era coberto por uma radiação intensa, que cegava a todos.
Um dos Antigos foi até ele e o cobriu com um manto. Foi então que percebemos...Ele não brotou do chão, a estrela e o mago eram apenas um, a estrela o fez surgir, como a mais antiga e poderosa magia nunca vista por nossa geração.
Ele havia surgido do nada, como uma estrala cadente, misteriosa, cruzando o céu, cruzando o céu do meu universo trazendo uma estranha luz, intensa e misteriosa, porém efêmera em sua beleza...era o desconhecido.
O nome dele era Zíon.
Ele passou a viver entre nós, apesar da minha resistência, como guardiã...era minha a função desconfiar do desconhecido. Era misterioso e fascinante, mas também perigoso. Sua habilidade com as palavras e o domínio da mente de outros seres o tornavam admirável, porém, assustador.
Rapidamente ele ganhou confiança entre os bruxos de Angle.
Depois que ELE surgiu, nada mais foi como antes...
Ele rapidamente aprendeu sobre nossos costumes, poderes e tradições. Interessou-se pelas regras e em conhecer nossa filosofia e metas. Mesmo com minha constante advertência e oposição, ele passou a integrar o Conselho dos Antigos. Era inteligente e ardiloso, ganhando a confiança de todos os bruxos poderosos de Angle.
Eu o observava à distância. Algo me dizia que ele era perigoso. Ele realmente era como uma estrela cadente, tudo nele era muito rápido. O seu surgimento, popularidade e integração ao nosso mundo. Aquilo não parecia respeitar a ordem, o equilíbrio.
Mantive distância.
O tempo passou....Eu já não o vigiava como no começo. Acabei por ocupar-me com outros "perigos", muitos precisavam da minha habilidade em "solucionar" problemas e conflitos.
Ele ganhava força e prestígio entre os meus.
Apesar de dever me aproximar dele para poder melhor compreendê-lo e me prevenir contra os perigos que ele trazia, eu me afastei. Um sentimento que nunca havia passado em meu coração surgiu: medo. Eu não sabia explicar o que temia, mas meus instintos de guardiã me avisavam que deveria manter distância de Zíon e tudo o que ele representava.
Mas, lutar contra o destino não é tarefa fácil, em verdade, é uma tarefa fadada ao fracasso. Como nadar contra uma correnteza? Meus braços cansaram de lutar e eu já não tinha forças para ir contra todos que o consideravam o mago mais importante da ILha Suspensa. Parei de resistir e nada mais falei contra ele.
O tempo passou e, finalmente, Zíon alcançou o mais alto posto em nosso exército defensor. Ele tornou-se o comandante da nossa Armada. A Armada era uma espécie de exército mágico com a função de lutar caso houvesse uma guerra entre as várias terras do nosso mundo.
Indiretamente, as ordens de Zíon refletiam em mim. E minhas ações refletiam nele. O embate era inevitável.
Zíon devia estar me estudando como eu havia feito com ele antes...Ele aguardava algum sinal...alguma coisa que mostrasse o caminho a seguir.
Ao invés de buscar o combate, como pensei que ele faria, ele se manteve misterioso, distante, precavido. Ele devia conhecer meu dom e saber que um embate direto não seria bom para ambos. Ele sabia que minhas palavras tinham efeito sobre os demais e sobre as decisões dos Anciãos. Eu poderia persuadi-los a ir contra as ações de Zíon. Eu poderia até mesmo conseguir acabar com Zìon.
Mas agora era tarde...se eu tivesse feito isso no começo, teria sucesso, mas deixei que os bruxos mais antigos do Conselho decidissem...era tarde para bani-lo da ilha. Eu teria de ficar de longe, atenta, observando se ele representava perigo e pronta para agir caso fosse necessário.
Após Zíon tornar-se comandante, o inevitável aconteceu. Tivemos que nos aproximar. Discutir as questões de segurança de Angle era prioridade. Eu não poderia fugir da minha função, nem dele.
Era uma tarde chuvosa e fria quando Zíon me procurou pela primeira vez. Eu estava sentada sob um carvalho, meditando, quando ele me interrompeu. Ele queria estabelecer contato, já que eu era a guardiã e ele o Comandante da Armada. Apesar de natural, o encontro me deixou pensativa.
Ele era completamente diferente do que imaginei. Não era seco, nem inculto, nem tedioso, nem previsível como muitos dos bruxos da Armada. Ele era o oposto disso. Era como um camaleão, pronto para moldar-se à paisagem. Ele parecia me observar e querer entender minhas "expectativas". Todas as palavras eram pensadas friamente, ensaiadas em sua mente antes de serem proferidas a mim. Era como um jogo.
Ele estava me "estudando" para se ajustar ao que eu queria que ele fosse!
Me assustei ao perceber o quão ardiloso e dissimulado aquele mago parecia aos meus olhos. Mas era um jogo para bons jogadores e o desafio sempre fascinou os guardiões, eu não era imune a um bom mistério.
O mistério não era a estratégia que ele usava, isso eu podia perceber claramente, meu dom de controle e minha mente racional identificaram a artimanha, mas o mistério era outro...O que ele queria? Qual a intenção por trás da estratégia?
Resolvi jogar. Só assim saberia o que ele desejava.
Todo jogo tem suas regras, mas neste as regras não estavam escritas...tudo poderia acontecer...e eu não queria perder! Eu só não imagina que perderia muito mais que uma simples "partida"...
O tempo passou e Zíon ao invés de recuar com meu humor sarcástico e minhas palavras formais e superficiais se aproximava a cada dia. Sempre cortez, incapaz de um gesto deselegante. Contido, educado, culto...
Eu tentava encontrar uma falha, um deslise, mas não havia nada.
Passamos por algumas batalhas, crises e as ações de Zíon eram sempre precisas, quase irretocáveis. Cada vez mais sua liderança se consolidava entre os bruxos. Eu não tinha elementos para continuar resistindo às evidências, e elas apontavam em uma direção: Zíon era BOM!
Ele não parecia ter falhas, ele era sábio, justo, culto, gentil. Ele não escorregava em seus atos, mas era escorregadio quando o assunto era pessoal. Ele era o mistério personificado. E o mistério era o elemento que mais atraía uma guardiã, pois nosso destino era vigiar, observar tudo que fugia à nossa compreensão.
Passamos a nos ver e conversar constantemente, era nossa função debater, estudar estratégias e discutir assuntos dos mais variados. A inexorabilidade do tempo era nossa inimiga. Ao lado dele, o dia caminhava em segundos.
Uma guardiã era uma bruxa diferente, não era boa em feitiços, não possuía muita força física, nem mágica. Mas era dotada de raciocínio lógico e uma percepção aguçada. Isso nos fazia extremamente úteis aos demais, pois conseguíamos nos distanciar do universo mágico e agir com frieza, porém nos tornava o alvo preferido de ataques. Um dia Angle foi atacada por guerreiros vizinhos.
Próximo à Ilha Suspensa havia um desfiladeiro onde habitavam Os Demons, demônios incoorporados e que praticaram o mal durante a vida carnal, podiam assumir qualquer forma, humana ou não.
Os Demons eram criaturas cruéis, sombrias e que tinham como único prazer semear todo tipo de maldade sobre as Terras mágicas, eles existiam em função do mal e dele se nutriam.
Eles nos atacaram, como faziam há séculos. Em nossa dimensão o BEM e o MAL deviam coexistir e opôr forças. O ataque surpresa foi durante a noite, nesta noite eu estava distraída, juntamente com os demais guerreiros, ao redor da grande fogueira em um ritual místico, pois um bruxo antigo deixou nosso universo, ele foi para outro plano existencial. Todos estavam concentrados e os Demons atacaram sem piedade, matando vários bruxos.
Um deles chegou a mim e sentiu que eu era a guardiã. Ele não tinha força para me destruir, então propôs uma troca: ele e os outros demônios deixariam nossas terras se eu me entregasse ao líder deles.
O que ele não sabia é que uma guardiã não é escolhida aleatoriamente.
Havia um motivo para eu ser uma guardiã. Ao contrário de Zíon e dos demais, eu não era boa. De tempos em tempos nascia um bruxo ou bruxa que possuía o coração gelado e negro, como os ancestrais. Por isso lhe era negado o domínio pleno da magia, pois a usaria para o mal ou poderia usar a bruxaria de uma maneira a causar grandes problemas para os demais. Apenas restava aos "escolhidos" a frieza, racionalidade e intensa percepção do universo ao redor. Por isso éramos os guardiões, pois o SENTIMENTO não interferia em nossas decisões, em nossa função de julgar e punir. Não havia em nós a necessidade de afeto, nem sentimentalismo. Era contraditório, nascemos para ajudar, mas não tínhamos conhecimento sobre o AMOR.
Nunca uma troca foi proposta antes, nunca um guardião teve que se sacrificar pelos demais! Eu gargalhei da proposta ridícula!
Por que eu me entregaria? Por que me sacrificaria a queimar no fundo do desfiladeiro em chamas se nenhum sentimento me prendia aos demais? Eu devia resolver problemas, julgar e punir, não tinha que me oferecer para salvar ninguém! A frieza em meu coração cresceu e pensei em destruir o Demon que ousou me propor tal absurdo (eu tinha poderes mais intensos contra os inimigos, só não tinha contra outro bruxo).
Mas, antes que minha varinha tocasse o chifre dele, olhei por cima do seu ombro e avistei Zíon sendo capturado e os Demons ao redor dele, tentando desmembrá-lo (era assim que eles matavam). Percebi que Zíon seria destruído, ele não tinha como lutar contra todos e seu rosto espelhava dor e resignação. Ele parou de lutar, estava esperando pela destruição.
Naquele momento algo se partiu, ouvi um som seco e estalidos dentro do meu peito, era como se existisse uma casca em volta do meu coração e ela foi destruída, arrancada, deixando o vermelho intenso e brilhante exposto. Pela primeira vez em minha existência não agi com racionalidade e neutralidade. Minha vontade irrompeu, pela primeira vez eu pensei não apenas em mim como uma guardiã e no que era correto, nas regras e conceitos que eu tinha dentro de mim, tive certeza de que deveria agir com impulsividade, seguir o estranho desejo de ajudá-lo. Parecia que a destruição daquele mago levaria alguma parte de mim caso eu não fisesse algo.
Disse ao Demon ao meu lado que aceitava o pacto.
Fui levada por eles para o desfiladeiro e lá ardi no fogo por cinco dias, eles pararam o ataque a Angle em troca da minha alma. A alma de uma guardiã devia valer muito para eles...
O que eles desconheciam, e nós bruxos também, era que o fogo que queimava nas profundezas não conseguia consumir a alma de uma guardiã. Mas as chamas me queimavam invisivelmente, o sofrimento era intenso. Permaneci prisioneira dos demônios. Enquanto isso, Zíon reorganizou nosso exército e planejou me resgatar.
Em uma noite de lua-cheia, partiram da Ilha Suspensa e foram ao desfiladeiro. A luta foi sangrenta. Muitos foram destruídos, em ambos os exércitos!
Zíon desceu ao fundo do percipício e me encontrou.
Nosso olhar se cruzou por um breve instante de alegria e dúvida. Como uma louca, tive vontade de me libertar das correntes encantadas e invisíveis que me prendiam à rocha e correr para abraçá-lo!
Senti o corpo dele vacilar como se ele espelhasse o meu gesto, ele parecia que queria correr em minha direção também! Mas, segundos depois, veio a hesitação.
Parecíamos voltar à "realidade" que sempre nos separou, como se um tapa fosse dado em nossas faces para nos lembrar. Não fomos feitos para o AMOR, nem para ficarmos juntos.
Éramos seres diferentes e com missões que não deviam envolver sentimento.
Mas contrariando toda a lógica e as previsões mais otimistas que eu tinha, ele correu, praticamente voou ao meu encontro e me abraçou, um longo abraço, silencioso.
Senti, pela primeira vez, que eu tinha alguém reservado para mim, aquele que pensei ser o que me dominaria e representava perigo...Eu que sempre fui fria e indomável, parecia presa naquele abraço encantado, eternamente...
Depois deste momento sublime, com meu coração que já havia perdido a sua armadura e agora parecia voltar a pulsar, olhei para os olhos azuis dele, mas ele desviou o olhar e apenas me libertou das correntes usando magia (o que ele sabia fazer melhor que qualquer outro mago).
Não houve toque, não houve mais abraço... Agradeci com uma reverência e partimos para Angle. Não falamos nada.
Depois disso ele se afastou. Dias passavam, meses...
Um dia Zíon anunciou que partiria em uma missão secreta, fundamental para manter nossa segurança no futuro. Os Anciãos sugeriram que ele me levasse, pois eu era a guardiã, mas ele disse que minha permanência era fundamental em Angle, para segurança de todos.
Senti raiva, ódio como nunca havia sentido! Mais uma vez o destino me privava de sentir, de provar o néctar mais valioso do nosso mundo, de todos os mundos e eras.
Eu não merecia ser feliz? Nenhum sentimento havia sido reservado para mim? Só obrigações e a eterna vigília? Eu não podia sonhar?
Mas ele não me deu explicações, ele nem ao menos se despediu.
Um dia acordei e ele não estava mais. Ele havia partido, sem mencionar quando ou se voltaria um dia.
Como ele surgiu, ele sumiu. Como a estrela cadente que o "trouxe", meteórica, arrasadora, um espetáculo de luz e mistério que se apaga rapidamente, deixando olhos desejosos de apreciar mais e mais...
Eu tentei entender e acreditar que ele fez o melhor, o possível.
Imaginava se ele sentiu, em algum momento, o que eu senti. Mas só havia suposições, ele não me deixou nada, nem um adeus. Só me restou acreditar que ele tinha um MOTIVO.
Logo minha tristeza e angústia, transformaram-se em SAUDADE.
Lutei contra tudo o que tentava me dominar e me afundar em tristeza. Quanto mais lutava, mais me sentia incapaz, fraca.
Eu só não sabia que o meu coração de guardiã me dominaria. Ele era mais forte do que eu. Ele queria regenerar-se, curar-se, ele não queria sentir o que minha mente lhe ordenava.
E, apesar de lutar, ele venceu. Ele queria acabar com o sentimento que passou a morar nele.
Depois de meses sem notícias, decidi e convenci os Anciãos que eu deveria seguir em busca de Zíon.
Mas eu não fazia isso por vontade própria, meu coração negro que ordenava. Ele queria sua casca de volta, a armadura. Ele não queria mais esperar...
Parti e iniciei uma complicada e dolorosa busca. Zíon parecia ter sumido, voltado para o lugar de onde veio, mas, que lugar seria este?
Percebi que nada sabia sobre aquele SER mágico, NADA. Eu nunca soube mais do que ele me permitiu saber. Ninguém sabia quem era o mago que surgiu das estrelas...e o que ele desejava. Eu não sabia onde e o que procurar. A ira crescia em meu peito, meu coração congelado queria vingança, justiça, punição!!
Mas o que ele fez? Qual o seu pecado?
A resposta racional era uma só: NADA. Ele não fez nada.
Mas eu sentia-me traída. Sentia que Zíon me cativou, me conquistou lentamente e partiu, deixando só um deserto para trás.
Este deserto era meu coração e ele ordenava que eu voltasse a ter sede de justiça! Não para caçar e destruir, mas para punir e eliminar do nosso mundo o ser sedutor, o ser perigoso e desconhecido. Alguns seres que abusam do seu poder e mistério.
Mas, em verdade, meu coração só estava machucado e não sabia como curar-se, ele queria gritar por ajuda, implorar para que eu devolvesse a sua armadura, mas eu não sabia como fazer isto...não fui preparada para entender e agir com sentimentos, só com a razão.
Julgavam-me sempre como uma bruxa forte e determinada, uma caçadora!
É... uma bruxa forte e determinada....Esperaram isto de mim, sempre.
Comecei julgando sem pensar, só porque tinha ordens e achava correto destruir os seres sombrios, afastar o "mal".
Mas, ao contrário do que vemos em geral, na nossa imortalidade, ao invés do SENTIMENTO cegar-me e deixar-me fraca, fez com que enxerguasse o caminho certo, a verdade! (Pelo menos a verdade que meu coração gelado precisava para continuar existindo).
Um raro caso onde o sentimento não confunde os sentidos. hahaha
Voltar a ser o que era...Ser a matadora impiedosa por um dia...isso seria o suficiente para destruir o mal já provocado? Seria suficiente para eu voltar a ser como antes?
Corri em busca do meu algoz...Corri toda a terra mágica da Ilha Suspensa e de Angle. Não havia mais nenhum lugar para ele estar escondido.
...Saltei por entre as muralhas que protegiam os limites mágicos do nosso mundo, a MURALHA DE BERNIM, a chuva lambia meu corpo forte e imortal.
Finalmente rastreei o aroma do traidor.
Ele havia cruzado os limites! Ele tinha ido para o mundo humano! Traidor! Isso era proibido! E pior!! Ohhhh...ele havia violado a regra que o condenaria à destruição!
E EU teria que puní-lo. Esta era a minha função, ele sabia disso. Ele sabia que EU teria de matá-lo caso o encontrasse!
Pensei em retornar e esquecer, mas a ira era maior...
Ele estava perto, muito perto, eu podia sentir...
Finalmente eu poderia tê-lo em minhas garras, olhar em sua face e perguntar tudo o que sempre desejei saber antes de matá-lo com uma das minhas balas de luz ultravioleta (uma invenção moderna para matar semelhantes).
Logo que cruzei a linha imaginária, o limite entre as duas dimensões, eu o avistei, parado, imóvel.
Ele esperava por mim, ele sabia que eu o encontraria e ele esperava por isso.
Ele havia planejado aquilo?
Não! Não podia ser tão frio...Ele também sentiu, ele sentiu o mesmo que eu naquele dia, no desfiladeiro...Eu precisava acreditar nisso.
O vulto do inimigo se movimentou através do grande campo florido de lavanda.
Ele se aproximou. E não senti mais o cheiro dele, só a lavanda invadindo tudo, colorindo e confundindo as sensações.
Sua voz aveludada, forte e sedutora quebrou o silêncio mortal.
Ele pronunciou meu nome, mas agora era tarde, nada poderia me deter, iria matá-lo para que sua sedução não destruísse mais ninguém.
Com um dardo envenenado o paralisei e me aproximei do corpo estendido no tapete lilás de flores.
Ele me olhou com ternura e não se moveu, ele deseja a morte, morrer pelas mãos da sua vítima.
Inclinei-me para ouvir as últimas palavras do mago dissimulado antes de atirar contra seu coração congelado e acabar de uma vez com a dor, dele e minha.
Como em um último julgamento, recordei o motivo para eu ter que matá-lo, ele ter cruzado o limite, a muralha.
Mas não tive coragem para falar do outro "crime", do que ele cometeu contra mim, roubando meu coração...Aproximar-se da vítima indefesa, seduzí-la e destruí-la.
Assim ele praticou seu crime mais inocente, eu era forte por fora e indefesa em meu íntimo.
Mas nenhum dos dois sabia disso. Não havia crime ali, pensei. Mas, estranhamente, ele queria a morte e eu desejava matá-lo. Como em um último ato de resignação, nós dois sabíamos que jamais poderíamos viver aquele sentimento, inconscientemente partimos para a única coisa a fazer.
Seria a única?
Nada a declarar. Ele não se defendeu.
Minha dor aumentou e meu peito se encolheu, pois eu não teria nem ao menos uma resposta para os motivos dele, para ele ter ME escolhido como sua vítima. Eu, a guardiã forte e determinada, blindada contra o sentimentalismo...a caçadora impiedosa...
Por que se ele sabia que não poderíamos?
Talvez ele quizesse morrer em grande estilo... Seduzindo aquela que o mataria. Ele foi o mais terrível dos seres, pois era meu dever destrui-lo, mesmo sentindo que aquilo me destruiria também!
Eu não poderia fugir do meu destino, da minha função.
Ele me olhou e eu não consegui entender a expressão em seu olhar, era sofrimento ou alívio?
Mas nenhuma palavra saiu da boca do meu inimigo que me explicasse algo, apenas o meu nome sussurrado e ele cerrou os seus olhos azuis pela última vez antes que a minha bala brilhante como néon atravesasse o espaço entre nós...
Milahhhhhhhhhhhhhhhh
Mas eu não tinha coragem de matar o único que conseguiu alcançar meu coração fechado e indomado!
Antes de disparar, fiz com que o traçado da bala desviasse do corpo dele, caído na grama.
Ele esperava pela morte, mas ela não viria por minhas mãos, não! Eu me recusava!
Ele abriu os olhos sem nada entender.
Ele levantou-se depois que o efeito do veneno paralisante cessou.
Ele ergueu seu corpo e não me olhou, parecia não ter coragem...
Eu desejei ver aqueles olhos azuis outra vez, mas ele não me deu este último alívio.
Ele virou-se e começou a caminhar, lentamente, como um condenado caminha para a execução, para o FIM. Ele andou, andou...mas não olhou para trás.
Quando ele estava longe e eu só podia ver o contorno do seu corpo contra a luz do sol se pondo, ele voltou-se em minha direção e ergueu a mão em um último gesto de adeus.
Me espantei ao ver que em sua mão havia uma rosa vermelha em punho...ele a beijou e jogou em minha direção e sumiu entre as pastagens e entre os ramos altos de lavanda...
Fiquei ali, mortificada, imóvel.
Depois de alguns segundos, ouvi uma forte explosão e depois um clarão fez parecer que o sol não havia se posto! Tudo virou luz e som!
Olhei para o céu tentando encontrar a origem da intensa luz que eu via brilhar...e lá estava ela, uma ESTRELA belíssima, brilhando absoluta e imensa onde antes só havia a escuridão do céu...misteriosa.
E, então, pensei que ele devia estar me olhando lá de cima...ele voltou para o seu verdadeiro lar...
San Venture
domingo, 22 de novembro de 2009
MY NEW MOON...
Tenho lutado com tudo que tenho em meu coração. Minha força, razão e raiva.
O que pode ter havido para que nem mesmo tenha lembrado de se despedir?
Não sei mais o que pensar...Partiu prometendo, jurando, retornar e deixou apenas um rastro de esperança e vazio...
Eu não sei mais como me libertar da esperança de vê-lo um dia...de poder estar em tua presença...Nem que seja para vê-lo pela última vez...
O que mais desejo é poder me despedir do vampiro que surgiu como uma estrela cadente, cruzou meu céu e sumiu, deixando para trás uma admiradora eterna e um rastro de luz.
Você não me libertou ao meu deixar, você retirou a minha gravidade, me deixou sem chão! Sem rumo...
Tanto tempo se passou...
Não acredito que nunca voltará...
Como posso sobreviver vagando no espaço?
Continuo caindo....caindo...
Você me deixou sem gravidade...Estou vagando sem gravidade até hoje...Esperando um sinal do céu.
Olho para o céu todos os dias, desejando com todo meu peito ter esperança de vê-lo ao menos em mais um anoitecer...Saber do teu coração, da tua vida...
Apenas poder estar contigo e ouvir tua voz surreal. Uma voz que nunca conheci, mas que é aos meus ouvidos como um som familiar e angelical.
Apenas estar contigo e sentir ter cheiro abstrato. Um cheiro que nunca senti, mas que me leva ao mar, ao céu, ao chão!
Apenas estar contigo e sentir teu toque impossível. Um toque que nunca tive ou terrei sobre minha pele, mas que faz meu corpo arrepiar-se ao imaginar.
Estimado vampiro...
Eu posso ler nas entrelinhas... Mas, eu realmente não creio mais em nada.... Serei sincera, como alguém diz amar ao próximo e faz laços para depois rompe-los assim? Tão rapidamente?
Lembra-se que lhe revelei minha estória com um vampiro que sumiu?
Ele é uma pessoa maravilhosa, um vampiro único, inteligente, maduro, sensato que foi me conquistando sem desejar, apenas com um amizade que se tornou importante demais para mim...
Contudo, ele cometeu um erro comigo: por medo ou egoísmo (não sei e nunca saberei, ao que parece) ele se foi sem nem me dizer "adeus" ou, "não volto mais".
Ele simplesmente sumiu, como se diz, virou a esquina da vida e nunca mais voltou.
Pior, disse que seria por pouco tempo a sua ausência, mas até hoje, nada.
Tuas palavras, teus textos são armas poderosas. Eles atraem como o nectar atrai as abelhas.
Não nego, cheguei a imaginar que tu poderia sim ser este meu amor do passado recente, que retornou disfarçado por achar assim mais apropriado. Máscaras!
Máscaras, como tu falas e ele também julgava necessárias.
Meu coração encheu-se de esperança, de alegria, pois enfim saberia notícias. Volto a repetir, só queria ter este meu amor-amigo perto, poder conversar com ele como antes, nada mais...
Sempre nos demos tão bem, gostos, julgamentos, sentimentos....enfim, tudo.
Mas, quando li que partirá, minha esperança se desfez em ruínas escuras.
Será que sendo meu amigo, "Meu Anjo Caído", partiria novamente após cativar-me outra vez (do início, como no começo, uma reconquista) ou será o destino cruel repetindo meu castigo?
Conhecer, aproximar-me e deixar-me cativar por alguém que me deixará sem explicação?
Li nas entrelinhas e elas me dizem que não sabes o que deseja.
Plantou teu jardim, borboletas vieram...e desperdiças todas as flores nele plantadas e as borboletas que aqui pousaram.
Sou apenas mais uma das borboletas, mas pensei ser a que teu jardim almejava atrair.
Pensei que seria um "jardineiro fiel", que ficaria para colher as flores e admirar a tua borboleta.
Mas esqueci...borboletas só vivem 24 horas...e minha vida é curta aqui, em teu jardim. Novamente verei as costas de alguém a quem estimo...
Me sobrando apenas um consolo: pelo menos despediu-se de mim....
Me disses uma vez "Talvez o erro não seja a ida dele e sim a forma como você o ama...".
E onde está o erro aqui? Meu pecado? Acreditar?
Meu erro é acreditar?
Estimado, o erro é não arriscar, não amar, não se permitir dizer! O erro é fugir, é lutar contra si mesmo! O erro está em dizer palavras belas, mas não beber delas. Posso responder agora tua pergunta:
"Eu o amei, o respeitei e o esperei". Acreditei no amor surreal, inconcreto, abstrato e impossível!
Acreditei no fiozinho de esperança e nele me agarrei nas últimas palavras que ouvi dele "Eu prometo que nada vai mudar, eu voltarei".
E eu acreditei em ti, vampiro. Nas tuas palavras feitas sob medida para um coração que espera. Na tua maneira única de proferir verdades porfundas.
Mas o que temos aqui, agora?
Apenas mais um "profeta" que lança palavras de amor ao ar e some? Ou alguém que vai beber das próprias palavras?
Estou esperando....Não me faça ver que estou certa. Eu prefiro continuar acreditando...
Não se vá! Ou então...
Liberte-me!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
NEW MOON...20.11.2009
Cuidado, Spoilers! rsrsrsrs
Amadas! Que filme é este, NM? Acabei de chegar do cinema e estou em êxtase!!
LINDO, LINDO, LINDO!
Comentátios:
O Edward estava simplesmente maravilhoso, glorioso e com o olhar mais meigo que um vampiro poderia ter! Olhar os olhos dourados dele no filme foi como mergulhar no mar profundo da paixão, sedução e amor incondicional por este vampiro que me conquistou para sempre.
Seu rosto, sua pele, a cor dos olhos...Tudo perfeito. Robertt atuou muito bem, com todo o mistério e dor que Edward deve ter em NM! dava para sentir o sofrimento dele, a agonia! Realmente, um ótimo ator.
O Jake estava forte, decidido e o amigo mais fiel que uma mortal poderia querer (sem falar no tanquinho, que que é isso??!!!). Não nego, o Tay realmente surpreendeu na atuação e corresponde a toda a confiança e apoio que a produção deu a ele! Não poderia haver um Jacob Black melhor!
Os lobos muito bem desenhados por computação gráfica, sob medida!
A Kris, ela realmente trabalhou bem, mas acho que o diretor falhou ao deixar cenas dramáticas com pouco drama, NM é drama, não há como fugir disso. NM fala da perda, de uma garota no auge da paixão e que é deixada, abandonada sem ao menos poder lutar, impedir...A direção errou ao minimizar a DOR da Bella (na minha opinião!).
Além disso, percebi que a Bella estava mais Bella que em Twilight, esperava ver uma Bella mais sofrida.
Os Cullen, lindos! Só não gostei das perucas nova da Alice e da Rose, artificiais demais, antes eram mais naturais...rsrsrsrs
Mas...senti falta de algumas coisas, não sei se vão concordar:
1. a Bella deveria ter chorado na cena onde o Edward a deixa na floresta, pois era a cena mais dramática e seria realmente importante mostrar isso;
2. o carro do Ed, eles não só mudaram a cor, mas também o modelo, colocaram uma mini van da Volvo ao invés do C30;
3. a trilha sonora deixou a desejar com relação a de Crepúsculo; poucas músicas e as poucas não eram românticas, nem marcantes não fazendo a gente viajar, ao contrário, nem dava para notar a música ao fundo;
4. como não poderia deixar de ser, algumas cenas foram modificadas e diálogos que não existem colocados...sempre acontece isso; infelizmente. Por exemplo, na cena final, Jake aparece e se revolta ao ver que Bella esta com Edward, esta cena acaba acontecendo na floresta e a Bella fala "Não me peça para escolher Jacob, pois será ELE, sempre foi ELE". Isso não existe no livro, ela nunca deixa claro que nunca escolherá Jake...
5. a cena em Volterra, dentro do lar dos Volturi, foi clara como o dia, deveria ser sombria, escura, como é descrito no livro, talvez ficasse mais real;
6. Ainda assim, os efeitos visuais foram maravllhosos, Rob, Kris e Tay estavam lindos nos seus papeis e foi lindo demais ver o Ed pedindo a Bella em casamento no final...!
Agora é esperar, esperar PELOS OUTROS FILMES....e SONHAR!
beijos
SAN
Siga seu coração!
Era uma sexta-feira, a festa do colégio havia sido anunciada havia um mês e eu e minhas amigas não aguentávamos mais esperar!
Cada uma escolheu a roupa mais legal que conseguiu comprar e esperava beijar o "príncipe", que na verdade era aquele garoto do colegial que fazia nosso coração parar!
Comigo não era diferente...
Eu tinha o meu "príncipe".
Mas, para tornar tudo mais complexo (para não dizer impossível!), o "meu" não era qualquer príncipe; era um meigo, tímido e lindo aluno do último ano do colegial! Praticamente inatingível, pois a timidez e a beleza pareciam muralhas ao redor dele.
Como eu chegaria e passaria por estas muralhas?! Hum...
Mas eu tinha um plano........................................
Tudo bem, não era exatamente um plano.
Consistia em permanecer o mais perto possível dele durante a festa (nem que para isso eu tivesse que seguí-lo e obrigar minhas amigas a ir junto! Hunf!) e olhar fixamente para o garoto, hipnotizá-lo, para ser mais exata.
Sim, este era meu "plano". Afinal, que mais eu poderia fazer? Eu era a típica garota invisível, aquela que nem mesmo chama atenção por ser "pouco bela".
Eu não era bonita, mas não era exótica. Eu não era nada.
Só me restava olhar, olhar....olhar e suspirar.
E rezar, claro.
Sem pensar na situação ridícula em que me coloquei, foi o que fiz. Segui o plano à risca! Passo a passo, sem medo de parecer uma menina com distúrbios emocionais, o segui com o olhar fixo no rosto dele, a festa quase toda.
Quase, porque, na metada da festa, minhas amigas já estavam querendo me matar. Começaram a desviar meu plano e tirar meu foco. Reclamando sem parar e, obviamente, com razão, afinal, a única maluca ali era eu...HAHAHA
Mas, tudo bem, eu seria mais forte e resignada.
Meu olhar seria tão constante e meu pensamento positivo tão poderoso, que ele ia olhar para mim (nem que fosse por medo! rsrsrsrs).
Em uma noite especial, seus desejos podem se realizar....
Mas, se não estiver pronta, tome cuidado com o que deseja...
Sim, por mais insano e absurdo que tenha sido, ELE me olhou. Não apenas retribuiu meus olhares, mas me encarou fixamente (e não parecia ser por medo...).
Até minha amiga mais reclamona, rendeu-se e me apoiou ao comprovar a eficácia do meu "poder de hipnose".
Foi uma revolução entre minhas amigas, um alvoroço. Eu estava conseguindo algo impossível: uma nerd trocando olhares com um gato do último ano.
De fato, algo para estudo científico! Talvez o Nobel da paquera?? HAHAHAHA
E assim, intensifiquei meus olhares, toda a minha atenção, toda a minha força vital estava direcionada para aquele rosto branco e meigo...ele parecia cheirar a lavanda...ahhhhhhh
Como eu disse, era mesmo um feito digno do Nobel...
A imagem dele vindo em minha direção parecia em câmera lenta, surreal, transcendente, avassaladora!
SIM!! Ele-está-vindo! Cochichou Naína, minha melhor amiga.
Meu corpo parecia viver uma experiência alucinógena. Era real?
Era.
Ainda em choque, o ouvi falar algo, timidamente parecia apresentar-se (que desnecessário! Como se eu não soubesse, meticulosamente, TUDO sobre ele, até o CPF!!!). Marco Vinícius, nome de príncipe, claro!
E assim trocamos algumas poucas palavras...
Eu, em estado de choque, devia estar falando sandices, tantos meses ensaiando as palavras que eu diria para impressionar (tudo por água à baixo no momento que ele disse "OI")...
Ele, tímido, falava baixo e eu não entendia uma só palavra, se é que eu estava realmente ali, no meu corpo...
E assim passaram-se alguns minutos.
Percebi que aquilo poderia durar horas, dias até! Ninguém ali teria coragem para fazer o necessário (que fique bem claro, eu queria beijá-lo, ahhhh....como sonhava com isso....). Percebendo o clima entre nós, um colega meu (que atualmente prefiro encontrar o próprio James a vê-lo!! Errrr Que Ó-D-I-O) encarnou o pior dos monstros e me puxou num canto para revelar algo que mudaria meu destino para sempre!
Ele mentiu ao sussurar em meu ouvido que o meu príncipe era, na verdade, um sapo, que teria engravidado uma garota, ainda no ginásio!!
NÃO!!! NÃO!! NÃO!!! Eu pensei em meu coração, mas, o medo e a inexperiência diante do desconhecido (eu nunca tinha beijado um rapaz, ainda mais...Urgh! Grávida, hum??) me fizeram perder o que sobrou da minha capacidade de raciocínio.
Inexperiente, ingênua e totalmente nerd como eu era, acreditei na hora e me horrorizei ao ouvir a estória que meu "inimigo oculto" me contava...
O constrangimento pairou no ar e me afastei do Marco assim que retomamos nossa "conversa".
Perdi a cor rosada que estava em minhas bochechas e não aceitei quando ele me chamou para dançar juntinho! Ele notou minha frieza e, (sim, acreditem!), desculpou-se e foi EMBORA!
Meu mundo parecia ter girado rápido demais...e eu estava completamente desorientada.
Eu fiquei ali, parada, desnorteada...em uma noite tive o melhor e o pior, o céu e o inferno.
Nunca esqueci este amor platônico, nunca deixei de desejar voltar no tempo, nunca esqueci de me fazer a pergunta:
"O que teria sido se naquela noite, ao invés de me deixar envenenar pela fofoca maldosa, eu tivesse seguido meu coração?".
San Venture
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